Benefícios do Open Banking estão cada vez mais próximos da realidade dos brasileiros

Por Marcelo Fonseca

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Nos últimos anos, o Banco Central divulgou diversas novidades que mudaram a maneira como vemos e efetuamos nossos processos financeiros e transações bancárias. As carteiras digitais, PIX, Open Banking - e sua evolução - Open Finance, proporcionaram uma liberdade que não imaginávamos há alguns anos e a cada dia as pessoas ficam mais acostumadas a utilizá-las em seu cotidiano.

Durante o ano passado, o Open Banking iniciou as suas fases de implantação no Brasil. Aplicada em países da União Europeia e Reino Unido, o mecanismo trata do compartilhamento de dados e informações de usuários, com sua prévia autorização, em diferentes instituições previamente autorizadas pelo BC, desta forma usuários do sistema financeiro poderão movimentar contas bancárias a partir de diferentes plataformas e não apenas por aplicativo ou site do banco, garantindo segurança e agilidade.

Com a autorização por parte do cliente para o compartilhamento de seus dados bancários com outras instituições financeiras, fica mais fácil fazer a abertura de uma conta em um novo banco sem passar por todo o processo burocrático, por exemplo. Além disso, a novidade também aumenta a competitividade no sistema financeiro, com claros benefícios para os clientes.

De acordo com o Banco Central, “com o acesso aos dados dos usuários, instituições participantes poderão fazer ofertas de produtos e serviços para clientes de seus concorrentes, com benefícios para o consumidor, que poderá obter tarifas mais baixas e condições mais vantajosas”.

As fases do Open Banking

Ao todo são quatro fases de implantação do mecanismo, as três primeiras foram introduzidas em 2021, e a quarta e última, teve o seu começo em dezembro do ano passado e continua agora em 2022. Elas foram divididas conforme suas atribuições e cada uma foi separada por características diferentes na cadeia de sistema financeiro.

A fase 1 iniciou em fevereiro de 2021 com a disponibilização de informações padronizadas das instituições financeiras participantes. Foram apresentados os canais de atendimento e as características dos produtos e serviços bancários.

Em treze de agosto iniciou-se a segunda fase, com a introdução do compartilhamento de informações. Clientes começaram a receber ofertas de acordo com o seu perfil, histórico financeiro, custos mais acessíveis e soluções personalizadas para as suas situações financeiras.

Já na terceira fase, empresas foram autorizadas a solicitar ao Banco Central para serem “iniciadores de pagamento”, o que facilita as transferências dos usuários por meio de seus aplicativos. Ela teve início em 29 de outubro.

A expectativa era de que o processo de implantação do Open Banking acontecesse ao longo de 2021, porém por conta de atrasos e um ano instável pela pandemia, a última fase teve os seus primeiros passos em dezembro e vai continuar durante o primeiro semestre de 2022.

Essa quarta fase marca a transição do Open Banking para o Open Finance ao realizar o compartilhamento de dados, informações e histórico que sai do âmbito bancário, passando a ser inserido em todas as configurações de finanças pessoais, como seguro, investimento, câmbio, entre outros. As instituições também vão começar a compartilhar informações com o seu público a partir dessa fase, sendo um processo semelhante aquele que ocorreu na primeira etapa.

No início de janeiro, o BC definiu e divulgou o plano de ação do Open Banking para 2022, sendo o calendário destinado para as seguintes definições e características do processo:

  • 04/03/22 – seguros, previdência complementar aberta e capitalização;
  • 11/03/22 – credenciamento em arranjos de pagamentos;
  • 18/03/22 – operações de câmbio;
  • 25/03/22 – produtos com natureza de investimento e contas de depósitos a prazo.

Como podemos ver, o Open Banking e Open Finance está cada vez mais próximo de ser realidade no Brasil e esse cenário financeiro promete mudar e inovar com a sua chegada. Instituições estão apostando no processo, e a abertura de oportunidade de transações financeiras pode beneficiar tanto as instituições quanto clientes, atraindo os usuários a confiarem e buscarem os serviços de vários serviços financeiro com a esperada redução dos custos que envolvem estes serviços.




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