Especialistas acreditam que a relação Brasil e China se mantém preservada em longo prazo

HLB Brasil

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Apesar dos episódios que estremeceram em algum grau o relacionamento do Brasil com a China no último ano, por conta de declarações agressivas feitas por membros governamentais brasileiros e também por conta da instalação do 5G no país, especialistas acreditam que as relações diplomáticas estão se estabilizando novamente entre os dois países.

De qualquer forma, na prática, o relacionamento entre os países não foi prejudicado; a China continua a ser o principal parceiro comercial do Brasil e a possibilidade de entrada de novas companhias chinesas no país permanece alta, uma vez que a economia brasileira continua sendo atrativa aos investimentos externos.

Para o economista e sócio da HLB Brasil, Marcelo Fonseca no último ano esta relação esteve ameaçada, porém 2021 aspira boas perspectivas “Em função da pandemia, o governo de Trump aumentou seu tom agressivo em relação ao governo Chinês e, por sua proximidade com a postura americana, o governo Bolsonaro entrou na mesma linha de pensamento, o que prejudicou a diplomacia entre os dois países. E, apesar de tudo isso, o país continuou exportando para a China. Agora, depois de uma mudança de postura do governo brasileiro em relação a esta questão diplomática e com a saída de Trump do governo e a chegada de Biden (que ainda não está com seu discurso firmado, mas deve apostar em uma postura mais leve diante do país asiático), 2021 tende a ser mais promissor nessa relação entre os dois países, com a disponibilidade dos chineses em fornecer insumos para vacinação e o Brasil posicionando que a China pode entrar no mercado do 5G”, comenta o executivo.

Marcelo acredita que tanto as exportações brasileiras, quanto a entrada de investimento direto chinês no país estão favorecidos diante da melhora desta relação e isso é importante, pois traz tranquilidade aos exportadores e mantém os canais necessários ao fluxo de investimentos em nossa economia.

De acordo com o Indicador de Comércio Exterior (Icomex) divulgado em janeiro pela Fundação Getulio Vargas (FGV), a China se consolidou como o principal parceiro comercial do Brasil, respondendo por US$ 33,6 bilhões do superávit de US$ 50,9 bilhões na balança comercial em 2020, o que corresponde a uma alta de 17%, em volume de exportações para a China, o que corresponde a dois terços do saldo positivo de 2020.

“Além desse aumento puxado pelas commodities o interesse de empresas chinesas no Brasil se mantém muito aquecido. Somente no CIECBC temos diversas empresas chinesas que nos procuram para sondar oportunidades de investimentos no Brasil, não somente no agronegócio, como em outros setores como de esporte e tecnologia”, afirma Monica Fang, presidente do Centro de Intercâmbio Econômico e Comercial Brasil- China – CIECBC.

Ao longo dos anos o investimento direto chinês também tem sido de grande valia para o Brasil, segundo dados do Ministério das Relações Exteriores divulgados em 2019, entre 2003 e 2019 os chineses investiram US$ 72 bilhões, ou seja 37,3% do total investido por estrangeiros no país. E, mesmo considerados menores em número de projetos, atualmente, eles já investem mais no Brasil do que americanos ou japoneses.




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