Conheça o DREX: a moeda digital brasileira

Por Marcelo Fonseca

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O Banco Central (BC) anunciou nos últimos dias o lançamento do real digital, uma moeda virtual que está destinada a ter o mesmo valor que o dinheiro em circulação. Denominada de "Drex", o nome foi oficializado por Fabio Araujo, economista do BC e coordenador da iniciativa.

De acordo com o BC, cada letra do termo "Drex" possui um significado que reflete características da moeda digital. O "D" representa o conceito de digital; o "R" remete ao real; o "E" simboliza o eletrônico; e o "X" revisita as ideias de modernidade e conectividade. Além disso, essa letra final também é um aceno ao Pix, o sistema de transferência instantânea lançado em 2020.

O Drex, de acordo com o BC, está projetado para simplificar a vida dos cidadãos brasileiros. A moeda, anteriormente mencionada como "Real Digital", oferecerá um ambiente seguro e regulamentado para a promoção de novos empreendimentos, garantindo um acesso mais inclusivo aos benefícios da digitalização econômica tanto para cidadãos quanto empreendedores.

Ao contrário das criptomoedas, que têm sua cotação influenciada por oferta e demanda, resultando em alta volatilidade, o valor do Drex será equivalente ao do real. Cada R$ 1 terá o mesmo valor de 1 Drex, com a garantia respaldada pelo Banco Central. Isso contrasta com as criptomoedas, que não têm respaldo de qualquer autoridade monetária.

O Drex será utilizado em um contexto de atacado, não no varejo, e os correntistas não acessarão diretamente a moeda digital. Em vez disso, as transações ocorrerão por meio de carteiras virtuais associadas a instituições de pagamento, como bancos e correspondentes bancários. Os usuários depositarão o valor correspondente em reais nessas carteiras e poderão efetuar transações utilizando a versão digital da moeda.

Na prática, o Drex funcionará de maneira semelhante ao Pix, mas com propósitos e escalas de valor diferentes. Enquanto o Pix é frequentemente utilizado para transações comerciais dentro de limites de segurança, o Drex poderá ser empregado para adquirir bens como imóveis, veículos e até títulos públicos.

Embora os testes estejam em andamento desde o início do ano, a disponibilidade do real digital para a população em geral está prevista apenas para o final de 2024. O BC já selecionou a plataforma para as transações em março e autorizou 16 consórcios nos meses subsequentes a desenvolver ferramentas e instrumentos financeiros para testar o novo sistema.

Os testes com esses consórcios, programados para iniciar em setembro, ocorrerão por meio de simulações e avaliarão a segurança e eficiência entre o real digital e os depósitos tokenizados (ativos reais convertidos em formato digital) das instituições financeiras.

Os ativos selecionados para o projeto-piloto englobarão depósitos de contas de reservas bancárias, contas de liquidação e a conta única do Tesouro Nacional, além de depósitos bancários à vista, contas de pagamento de instituições de pagamento e títulos públicos federais. A implementação dos testes ocorrerá em etapas, sendo que as transações simuladas com títulos do Tesouro Nacional estão programadas apenas para fevereiro do próximo ano.

Fonte: Agência Brasil




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