Modelo Open Banking apresenta resultados positivos em sua primeira fase e promete inovação para instituições financeiras

Por Juliana Salazar

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De acordo com informações disponibilizadas pelo Banco Central, os primeiros passos da implantação do Open Banking estão apresentando resultados satisfatórios com 99,67% de aproveitamento das APIs (Interface de Programação de Aplicações) – conjunto de protocolos que autorizam sistemas se conectarem entre si para consumir dados de maneira padronizada.

Ele vai permitir o compartilhamento de dados e serviços entre instituições financeiras e clientes através da integração de sistemas, porém, somente com a expressa autorização. Desta forma, instituições poderão realizar a transmissão de informações quando o cliente permitir o compartilhamento dos dados de um para outro.

Essa transação de informações acontecerá entre aplicativos das próprias instituições financeiras com o objetivo de proporcionar facilidade e melhor condições na busca por serviços e produtos por meio das APIs que, de acordo com informações apresentadas pelo BC, obtiveram mais de 26 milhões de chamadas de sucesso com a integração entre as instituições dentro do sistema.

Fases da implantação do Open Banking

Nessa primeira fase, ainda de testes, acontece somente o compartilhamento de dados das instituições sobre canais de atendimento, produtos e serviços gerais, como depósitos à vista, popança, agência, operações de crédito, entre outras. Implementado desde fevereiro deste ano, o tempo médio de resposta das APIs é de 633 milissegundos e disponibilidade de 72,09%.

A previsão para a segunda fase é em julho e, nesse estágio, clientes poderão autorizar o compartilhamento de suas informações. Para o segundo semestre, a terceira fase contará com o compartilhamento de dados de serviços de iniciação de transações de pagamentos, onde empresas autorizam transações entre duas instituições em nome do usuário após autorização, e a abertura de encaminhamento de proposta de operações de crédito.

A última fase acontece em dezembro com o compartilhamento total de dados de clientes, instituições financeiras e operações. Concluindo essa etapa, o Banco Central transformará o modelo em open finance – formato ampliado do serviço que inclui ouros produtos do sistema financeiro, sendo eles, investimento, previdência e seguros.

A partir dessa fase, o open banking também estará disponível para o consumidor.

Open banking no Brasil

O sistema open banking pode ser adotado por cada país com características diferentes de compartilhamento, porém mantendo o objetivo principal de promover a concorrência, eficiência e a oferta de novos produtos e serviços para o consumidor.

No Brasil, instituições que quiserem participar do modelo, deverá seguir algumas regras estipuladas pelo Banco Central.

Instituições financeiras classificadas como S1 – que possuem colocação igual ou superior a 10% do PIB ou atividade internacional relevante – e instituições S2 – colocação entre 1% e 10% do PIB – serão convocadas a participar do modelo, sendo alguns exemplos o Banco do Brasil, Bradesco, Caixa Econômica e Itaú. As demais instituições terão adesão voluntária.

As instituições financeiras terão o direito de receber dados das concorrentes, devendo também compartilhar as suas informações (quando consentido pelos clientes), tendo um prazo máximo de 12 meses para acessar esses dados. Após o prazo, deverá ser renovado o consentimento.

Com isso, o objetivo principal do Banco Central é trazer competitividade para o Sistema Financeiro Nacional, proporcionando mais opções, transparência e baixo custo para o consumidor final que terá maior autonomia em suas transações financeiras e experiência com diferentes instituições financeiras.




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