Open Insurance inicia primeira fase em dezembro e promete liberdade nas transações financeiras
Por Renato Sella
Conforme estabelecido pela resolução CNSP n° 415/2021 e Circular 635/2021 publicada pela Superintendência de Seguros Privados (Susep) no Diário Oficial da União, o Open Insurance no Brasil terá início a partir do dia 15 de dezembro.
O Open Insurance, ou Sistema de Seguros Aberto, promete trazer a possibilidade de consumidores de produtos e serviços de seguros, previdência complementar aberta e capitalização compartilhar informações entre diferentes sociedades autorizadas e credenciadas pela Susep por meio de abertura e integração de sistemas semelhante ao Open Banking.
De acordo com a Susep, todo o processo deve ser estruturado através de um sistema ágil, preciso e com privacidade e segurança para todos os envolvidos. Em nota, o órgão alega que “os dados poderão ser utilizados para desenvolver novos produtos e serviços que atendam às necessidades atuais e futuras dos consumidores de seguros, previdência e capitalização”.
Além disso, o compartilhamento dos dados pessoais de clientes e/ou serviços do Open Insurance será estabelecido diante do consentimento prévio dos respectivos clientes.
Fases da implantação
A previsão é que a implantação seja realizada em fases e de forma paulatina para melhor organização e adaptação do setor, com a primeira fase iniciando a partir de 15 de dezembro. As fases são:
Fase I – Compartilhamento de dados entre empresas sobre canais de atendimento e produtos disponíveis;
Fase II – Previsto para 1° de setembro de 2022, começa a etapa de compartilhamento de dados pessoais, como cadastro de clientes e participantes, movimentações de clientes relacionados a produtos e registros de dispositivos eletrônicos;
Fase III – prevê a execução de serviços por meio do sistema. A expectativa é que se inicie em dezembro do próximo ano.
A Susep afirma que o sistema promete garantir o desenvolvimento do setor e ampliar a interoperabilidade no mercado de seguros, além de trazer inovação e crescimento na oferta de produtos.
Outro ponto é a expectativa de que o novo modelo entregue facilidade aos consumidores – proporcionando consolidação da vida financeira, envolvendo seguros, previdência e capitalização – facilitando assim, a organização e o planejamento nessa área com a automatização dos serviços e o compartilhamento de canais e redes de atendimento relacionadas aos produtos e empresas vendedoras e a ampliação da percepção sobre as oportunidades do setor.
Em nota, o órgão também declara que, junto com o Open Banking, o Open Insurance possibilitará a criação do chamado Open Finance – proporcionando diversidade no mercado e liberdade para consumidores, entidades e plataformas realizarem transações econômicas. De acordo com o Banco Central, o sistema trará mudanças significativas no país em termos de
digitalização, dinamização e transparência, entregando vários recursos e oportunidade para o setor financeiro.