Setores econômicos criam expectativas com a chegada do 5G no Brasil

Por Fabricio Klai de França

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Novas possibilidades já estão sendo pensadas com a chegada do 5G puro no Brasil, operando na frequência 3,5 GHz. O seu funcionamento foi aprovado no início do mês de julho pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), com Brasília sendo a primeira capital a receber o 5G.

Antes da aprovação, a tecnologia estava sendo testada e distribuída no país em faixas compartilhadas com 4G e 3G pelo chamado 5G DSS – meio mais veloz que os anteriores, mas que ainda não alcançava o pico esperado para a evolução, entretanto, ele estava sendo testado até que o Brasil conseguisse se preparar e realizar o leilão de concessão para as operadoras que vão comercializar os pacotes com a tecnologia para os seus usuários. A decisão foi tomada no final de 2021, ao eleger a Vivo, TIM e Claro como as vencedoras dos maiores lotes da tecnologia.

O 5G promete inovar em vários aspectos e melhorar a experiência com a velocidade de conexão, facilidade de realizar processos e downloads. Para se ter uma ideia, a média do 4G entre às quatro maiores operadoras brasileiras é de 17,1 Mbps, com a nova frequência, deve alcançar entre 1 e 10 Gbps – 100 vezes ou mais que a geração anterior.

Expectativas econômicas

Estamos enfrentando uma crise econômica interna e global proporcionadas por diversos fatores, pandemia, inflação e guerra na Ucrânia, sendo alguns citados. Por esse motivo, meios que impulsionem o crescimento econômico e gerem novas oportunidades de mercado e empregos, são os mais esperados em vários setores. A tecnologia 5G promete exatamente isso.

Estudo realizado pela Accenture – empresa de consultoria global na Europa – indica que as implantações do 5G em outros países antes do Brasil trouxeram impactos econômicos positivos, proporcionando novos produtos, serviços e modelos de negócios, gerando um aumento de mais de 2 trilhões de euros em vendas entre 2021 e 2025, além de agregar 1 trilhão de euros ao Produto Interno Bruto (PIB).

Nos Estados Unidos, a possibilidade de ganhos é de mais de US$ 2,7 trilhões em vendas, com acréscimo de US$ 1,5 trilhão no PIB durante o período estipulado pelo estudo, além disso, a empresa espera que o 5G crie 16 milhões de empregos em todos os setores da economia norte-americana. Em relação ao Brasil, a Accenture diz que ainda é muito cedo para medir os efeitos.

Apesar de nenhum dado concreto, esperamos que com o 5G o Brasil avance em vários aspectos tecnológicos e de mercado. Com uma conexão mais rápida, podemos esperar a criação de novas ferramentas e serviços, principalmente com aquelas conectadas a inteligência artificial e o metaverso, setor que está cada vez mais atraindo a atenção e investimento de empresas nos mais variados setores.

As áreas da saúde, com a telemedicina e inovação tecnológica para pesquisa e tratamentos, aguarda com muitas esperanças o 5G, do mesmo modo o setor automobilístico, com a capacidade de produzir carros totalmente autônomos, e as oportunidades que podem surgir com a Internet das Coisas (IoT) e cidades cada vez mais inteligentes.

Trazendo para o cotidiano, a frequência também ajudará na internet doméstica com o aumento da sua velocidade, um alívio para empresas e profissionais trabalhando em modelo remoto.

Essas transformações aprimoram o ambiente de negócios, incentivando que empresas, novos empreendedores e startups ampliem sua capacidade de inovação, gerando novos serviços, processos, e consequentemente, empregos – expectativa principal para a economia.

Além de Brasília, Belo Horizonte, Porto Alegre e São Paulo devem ser as próximas cidades a implantarem o 5G, com planos de que chegue em todas as capitais brasileiras até o final do ano.




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