Após dois anos de PIX no Brasil, podemos esperar um modelo voltado para transações internacionais?

Por HLB Brasil

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O PIX, sistema de pagamento instantâneo do Banco Central, completou dois anos em 2022 – período em que trouxe diversos benefícios para usuários e comércio, proporcionando agilidade e facilidade para realizar pagamentos e transferência de dinheiro.

A mudança na forma de consumo chegou para ficar, e expectativas são de que esse movimento só cresça. Um relatório da ACI Worldwide – empresa de pagamentos américa – estima que até 2026, pagamentos em tempo real vão responder por um quarto de todas as transações eletrônicas no mundo.

No Brasil, o estudo também aponta crescimento constante ao indicar que até 2026 o PIX pode representar 56,8% do total de transações.

Todo esse otimismo faz com que sejam desenvolvidos novos processos inovadores para aprimorar cada vez mais o sistema. Uma dessas novas novidades é o PIX Internacional, tecnologia desenvolvida pelo Bank Of International Settlements (BIS) em seu hub de inovação.

Chamado de Nexus, a ideia da tecnologia é integrar todos os países que já contam com algum sistema instantâneo de pagamento semelhante ao PIX, facilitando ainda mais o processo de transferência e compra internacional.

Ainda em fase de testes, a tecnologia pode unir mais de 60 países, proporcionando transações mais rápidas e simples entre as diferentes nações e moedas em menos de um minuto.

Segundo o BIS, no momento os testes estão sendo realizados entre sistemas de pagamento da Malásia, de Cingapura e da Zona do Euro, através do Banco da Itália. O Banco afirma que a escolha desses parceiros iniciais se deve pela vasta experiência que eles possuem na construção e conexão de sistemas de pagamento, além de reforçar que o experimento processará pagamentos simulados, não utilizando dinheiro, pagamento ou usuários reais.

Brasil x PIX Internacional

O Banco Central, em nota enviada ao InfoMoney, esclareceu que o Brasil está atento às inovações e que acompanha o projeto Nexus na qualidade de observador, não fazendo parte dos testes.

Entretanto, mesmo que não esteja ativamente participando do desenvolvimento da tecnologia, não quer dizer que o nosso país não esteja se preparando. O Banco Central brasileiro estuda o modelo de PIX Internacional e está modificando as suas operações para implantar a tecnologia, facilitando os serviços cambiais, a remessa e pagamentos internacionais.

Os próximos anos prometem inovação e tecnologia que podem aproximar países, melhorar relações e ampliar ainda mais as possibilidades de transação e compras. Só podemos esperar por mais benefícios que o mundo digital pode proporcionar para facilitar em diversos aspectos a nossa rotina.






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