Aumento nos roubos envolvendo criptomoedas preocupa usuários

Por HLB Brasil

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O roubo de criptomoedas alcançou um recorde histórico em 2022, segundo relatório da empresa de blockchain Chainalysis. A quantidade de ativos virtuais roubados chegou a US$ 3,8 bilhões (cerca de R$ 19,2 bilhões), superando o valor de US$ 3,3 bilhões registrado no ano anterior. Esse aumento indica uma tendência preocupante de crescimento nos roubos de criptomoedas, além disso, a falta de regulamentação e a complexidade da tecnologia tornam a moeda virtual atrativa para criminosos cibernéticos.

O relatório destaca que os protocolos de Finanças Descentralizadas (DeFi) foram os principais alvos dos roubos de criptomoedas em 2022. O sistema DeFi permite aos usuários realizarem transações diretamente uns com os outros, substituindo as instituições financeiras tradicionais através de um software por meio do blockchain. Os ataques a este sistema representam 80% de todas as criptomoedas roubadas no ano de 2022.

O estudo também apontou que o mês de outubro de 2022 foi considerado o período mais vantajoso para esses criminosos ao roubarem 775 milhões de dólares em cerca de 32 ataques diferentes.

Os dados apresentados são bem alarmantes, mas para entender a proporção, é importante compreender as principais características envolvendo criptomoedas e a tecnologia blockchain.

Blockchain x moedas digitais

Blockchain é uma tecnologia de registro digital que permite armazenar e compartilhar informações de forma segura, transparente e imutável. É uma cadeia de blocos que contém informações registradas em cada um deles, formando uma espécie de livro-razão digital. Essa cadeia de blocos é mantida por uma rede descentralizada de computadores que validam e confirmam as transações realizadas.

Já as criptomoedas são moedas digitais que utilizam a tecnologia blockchain para registrar e verificar transações financeiras. Elas possuem a vantagem de serem descentralizadas, ou seja, não dependem de intermediários como bancos, governos ou instituições financeiras para realizar transações. O grande potencial das criptomoedas está na sua capacidade de tornar as transações financeiras mais rápidas, baratas e seguras, além de possibilitar a inclusão financeira de pessoas que não possuem acesso a serviços bancários tradicionais.

Em tese, é um processo seguro, com alto grau de privacidade. Entretanto, como podemos perceber, criminosos conseguiram quebrar essas barreiras e avançam em conjunto com as constantes inovações.

A preferência desses criminosos

Em análise de alguns casos envolvendo roubo em criptoativos, é indicado que esses hackers atuam principalmente através de phishing, com os criminosos enviando e-mails falsos para obter informações sensíveis dos usuários, incluindo senhas e informações de carteiras digitais.

Além disso, outros métodos de roubo de criptomoedas, como o roubo de dispositivos de armazenamento (cold wallets) e a instalação de malware em computadores, também têm sido relatados com frequência.

A falta de regulamentação é um fator importante que contribui para o aumento dos roubos de criptomoedas. Enquanto as autoridades reguladoras ainda estão trabalhando para encontrar uma solução para regulamentar esses ativos, os criminosos cibernéticos aproveitam a situação para realizar ataques.

No entanto, existem medidas que os usuários podem tomar para proteger seus ativos. Isso inclui o uso de carteiras de hardware seguras, a verificação cuidadosa de fontes antes de clicar em links ou baixar arquivos, e a realização de backups regulares de suas carteiras digitais.

Além disso, é importante que as autoridades reguladoras continuem trabalhando para encontrar soluções que minimizem esses ataques e estreite a relação com empresas para prevenir e punir esses crimes.

Medidas em conjunto, entre usuários, empresas e órgão, serão necessárias para combater esse mal que tende a aumentar ainda mais com o desenvolvimento tecnológico, ainda mais se não forem aplicadas medidas mais firmes de monitoramento e segurança para esse tipo de transação. 

 

Fonte: Portal Contábeis, Olhar Digital e CNN Brasil






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