O novo ciclo de crescimento econômico sustentável está próximo

Por Marcelo Fonseca

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As condições para a retomada dos investimentos e consequente crescimento econômico parecem estar mais próximas do que se imaginava meses atrás. Uma série de mudanças estruturais introduzidas através de reformas, aliadas a medidas que visam dar mais liberdade aos negócios, podem apontar para um ciclo de crescimento sustentável para os próximos anos. Riscos de insustentabilidade advindos da inflação e das contas externas estão afastados diante destas possibilidades.

Dentre as condições que possibilitam esta percepção estão:

A reforma da previdência, que sinaliza equilíbrio e solvência das contas públicas removendo incerteza quanto ao futuro das finanças do governo. Possibilidade de inclusão dos estados e municípios na discussão no senado pode turbinar a reforma, com impacto positivo (adicional) sobre as expectativas dos agentes econômicos. Espera-se retomada dos investimentos privados e aumento da capacidade de investimento do setor público, sobretudo se estados e municípios forem incluídos na reforma.

A MP da liberdade econômica sinaliza que o governo federal introduzirá, dentro do grau de liberdade que dispõe, medidas para destravar os negócios e para trazer maior segurança, reduzindo entraves burocráticos.

A reforma tributária que deverá ser a reforma da vez. As propostas hoje em discussão melhoram em muito o emaranhado de obrigações fiscais que as empresas devem atender. Esta reforma tem o potencial de atrair novos investimentos ao país pois gozamos de péssima fama com relação ao ambiente fiscal no Brasil.

A reforma trabalhista, aprovada no governo anterior, também concorre para melhorar a percepção de melhoria no ambiente de negócios. Afinal, um mercado de trabalho mais flexível ajuda a economia a se ajustar em momentos de queda e retomada do ciclo econômico.

A redução da taxa de juros para 6% na última reunião do Copom que estimula em médio e longo prazo o aumento dos investimentos e do consumo.

Apesar do cenário externo trazer incertezas para a economia mundial por conta das recentes discussões comerciais entre EUA e China que têm afetado a cotação do dólar e a Bolsa de Valores, as ações promovidas, e as que ainda que estão em andamento, sinalizam um cenário mais promissor e sustentável para a retomada do crescimento da economia brasileira.

Marcelo Fonseca é economista e líder do escritório do Rio de Janeiro da HLB Brasil




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