Como o atraso das vacinações poderá afetar a economia

Por Marcelo Fonseca

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Não é novidade para ninguém que a economia brasileira estava em uma recuperação lenta quando surgiu a pandemia da COVID-19 e, que dados relacionados a inflação, atividade econômica e do PIB para o ano de 2020 deixam claro que a tão sonhada retomada da economia em V está um pouco distante de acontecer.

Setores como o de serviços apesar de apresentar crescimento em relação aos primeiros meses da pandemia ainda estão muito longe dos patamares do ano anterior e a demora para o início da vacinação no Brasil, em conjunto com o aumento de casos em todo o país, ameaça novamente a mínima e frágil expectativa de retomada econômica.

Vemos que a Europa e os EUA estão definindo novos lockdowns e, caso a continuidade dessa expansão de casos permaneça isso há também de acontecer aqui. Mas, diferente desses países, nós que no próximo ano tendemos a não figurar nem entre as dez maiores economias do mundo, sofreremos ainda mais por não podermos suportar uma segunda onda de fechamento e restrições de pequenos negócios. Afinal, 99% dos estabelecimentos do país são formados por micro e pequenas empresas de acordo com o Sebrae e elas respondem por 52% dos empregos com carteira assinada no setor privado.

Por mais que as ações do governo para minimizar os impactos tenham sido de certo modo eficazes a falta de planejamento para o tão esperado momento da vacinação (compra de vacinas e insumos, planejamento de logística etc.) impactará negativamente a retomada da economia. O atraso no início da imunização em massa também colocará pressão nas contas públicas caso o auxílio emergencial tenha que ser estendido. Tudo isso aumentará a incerteza, reduzindo consumo e investimento.

Marcelo Fonseca é sócio e economista da HLB Brasil




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