COVID-19 e o aumento na incidência de ataques cibernéticos

Por Rafael Variz

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Recentemente, a empresa Fortinet, importante desenvolvedora de soluções de cibersegurança, divulgou recentemente dados que identificam um aumento de 131% na ocorrência de ataques cibernéticos no mês de março, em comparação ao mesmo período de 2019. O mesmo incremento é esperado em abril.

Ainda de acordo com os dados coletados pela empresa, o Brasil sofreu mais de 1,6 bilhão de ataques nesse primeiro trimestre. O total na América Latina foram de 9,7 bilhões.

Os ataques cibernéticos são tentativas de hackers de danificar ou destruir um sistema, podendo ocasionar roubo de dados e informações sigilosas, senhas de banco, identidade, extorsão, sequestro de dados, entre outros.

O ataque mais frequente é o Phishing, roubo de identificação on-line, em que o fraudador, por meio de e-mail, sites e aplicativos, se passa por empresas confiáveis para adquirir dados pessoais dos usuários, como informações financeiras, dados bancários e de cartões.

Esses ataques acontecem de forma silenciosa, o que pode dificultar a sua identificação e promover extensos problemas para empresas que trabalham constantemente com dados privados, sendo da própria organização, de parceiros ou clientes.

Pesquisadores da Panda Security, empresa ligada à área de segurança da informação, divulgaram no último mês a identificação de campanhas e mensagens maliciosas associadas ao novo coronavírus. Essa ocorrência está acontecendo, principalmente, em países como China, Japão, Rússia, Estados Unidos, Itália e Brasil.

As mensagens contendo o vírus são aparentemente de organizações oficiais informado sobre atualizações da doença, contendo spam e anexos maliciosos.

Ainda neste âmbito, a Organização Mundial da Saúde (OMS), sofreu ataques semelhantes desde o começo da pandemia. O sistema não foi atingido, mas colocou em risco um antigo sistema utilizado por funcionários ativos, aposentados e parceiros.

A OMS deixou clara a necessidade de cuidados para evitar ataques cibernéticos e destacou a vigilância ao acessar conteúdos desconhecidos e possíveis e-mails maliciosos.

Podemos compreender que o aumento de ataques cibernéticos se deve ao maior número de pessoas em suas casas, além de uma vantagem na vulnerabilidade do cenário atual. O próprio clima de tensão criado pela pandemia é um catalizador para que as pessoas não tomem o devido cuidado ao acessar conteúdos suspeitos.

As empresas tiveram que mudar o seu modelo de trabalho, adotando o home office para continuarem operando. É comum, e provável, que os controles de segurança cibernética com as pessoas em casa não sejam tão rígidos quanto quando estão no ambiente da empresa. Consequentemente, o ecossistema de tecnologia da informação das empresas tende a ficar fragilizado, necessitando assim de um cuidado maior por parte dos times técnicos, monitorando constantemente seus serviços e, na medida do possível, aplicando políticas que tornem o ambiente remoto do home office tão seguro quanto o de seus escritórios.

Esses cuidados também devem ser tomados para o uso pessoal de computadores e smartphones. Devemos prestar muita atenção aos conteúdos que acessamos, especialmente nesse período que estão utilizando a fragilidade ocasionada pela COVID-19 para intensificar os ataques.

Portanto, toda atenção e cuidado nos meios digitais é importante, precauções com as suas compras online, divulgação de senhas e informações pessoas em sites e redes sociais e acessos em páginas duvidosas são necessários, principalmente para evitar prejuízos futuros.

Rafael Variz é diretor de TI da HLB Brasil




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